Distante

14:35

Me sinto morrendo internamente, sendo corroído pelo nada e pelo agitar de coisas que se assemelham a sentimentos. Um desespero contido lateja por trás de um sorriso opaco enquanto o marasmo me submerge em um mar amargo, escuro e calmo. 

Meus sonhos são delírios, anseios totalmente distantes dos meus pés. Sonhos para fugir da realidade ou a sobrepor. Perdido na infinitude de um mar indiferente, tudo me que apraz se liquefaz e insipidesse. Morrerei desidratado antes de alcançar a praia. 

Eu já não sou eu mesmo, sou o que restou de alguém, alguém que um dia sonhou e sorriu, mas se perdeu. Fugir da realidade já é quase tão natural quanto abrir e fechar os olhos, uma realidade que não parece ser real, um sonho desesperador do qual não sei acordar. Quem me acordará de mim?

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