Perdeu o brilho, a cor e a paz. Cada tentativa
parece em vão. As palavras são as mesmas; o tempo passa e já não faz mais
diferença se são segundos, meses, horas ou anos, ele apenas continua correndo
em um quarto fechado.
Dia após dia apenas tento sobreviver a mim mesmo,
perspectivamente desamparado. O ânimo agora sequer esvaece, os olhos já se
abrem trazendo consigo uma respiração sem ar. O sol declina e volta e declina
novamente e tudo está igual.
A noite traz um desespero, uma ânsia por
preenchimento. A alma está com fome e os olhos se alimentam do vazio. Qualquer
coisa já está bem. Não!
As lágrimas do âmago desmoronam em silêncio
continuamente. É apenas tudo igual, tudo igual, tudo igual. Minha apatia não
mais suporta a si, nem a mim.
A mente vacila e entre seus abismos minhas palavras caem, cessam, junto com minhas mãos.
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