Ausência

O sangue escorre para fora como suor até restar apenas o frio e a ausência que sou.

Estou inerte sob uma vastidão de luzes fracas. A multidão passa incessantemente e minha voz falha.

Dias que se acumulam e emaranham descoordenadamente, sem propósito, apenas existindo em caos dissonante.

O canto agudo ao longe ressoa com a quieta agitação interna. O estardalhaço dos pássaros ao entardecer soa como um mau agouro. Tento decidir se é algo realmente indesejado.

O aroma azedo da inalterabilidade impregna e nauseia. A escuridão desce em incerta calmaria. O dia levanta outra vez em escuridão.

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