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No meio da multidão ela correu. Veio meio saltitando, os pés ligeiros, deslizava leve com o vento, desviando elegante da multidão. Ela veio com um sorriso distraído e insistente, como menina, os olhos alegres, o copo na mão.
Eu observando,
                         ela pousou diante de mim
    parou
as palavras
         .
         .
o que mudou?
     Nada, ainda nada;
As palavras continuam ocultas no ar.

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Estranho, quase apático
eu passo
Me esvazio do vazio
e contemplo.
Passo sobre minha existência, pelo caminho perdido
através da dor introspecta
que respiro
e sinto.
E sobre a dor o confortante perdão. A sina de estar onde quero estar,

mesmo quando não quero.

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Procuro entender a forma e a letra, o sentido e a transcendência.
Desisto desistir. Ainda vergonha. Transpor a parede por mim imposta.
Voar, voltar. Transpor o que sou, reconstruir o que sou.
Contradizer minha contradição, fazer dela o meu eu.
Meu andar se busca. Firmar. A mim reafirma. De ti se esconde, tímido se (re) apresenta.

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