Vil

00:08

Perdeu o brilho, a cor e a paz. Cada tentativa parece em vão. As palavras são as mesmas; o tempo passa e já não faz mais diferença se são segundos, meses, horas ou anos, ele apenas continua correndo em um quarto fechado.
Dia após dia apenas tento sobreviver a mim mesmo, perspectivamente desamparado. O ânimo agora sequer esvaece, os olhos já se abrem trazendo consigo uma respiração sem ar. O sol declina e volta e declina novamente e tudo está igual.
A noite traz um desespero, uma ânsia por preenchimento. A alma está com fome e os olhos se alimentam do vazio. Qualquer coisa já está bem. Não!
As lágrimas do âmago desmoronam em silêncio continuamente. É apenas tudo igual, tudo igual, tudo igual. Minha apatia não mais suporta a si, nem a mim.
A mente vacila e entre seus abismos minhas palavras caem, cessam, junto com minhas mãos.

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