O sangue escorre para fora como suor até restar apenas o frio e a ausência que sou.
Estou
inerte sob uma vastidão de luzes fracas. A multidão passa incessantemente
e minha voz falha.
Dias
que se acumulam e emaranham descoordenadamente, sem propósito, apenas existindo
em caos dissonante.
O
canto agudo ao longe ressoa com a quieta agitação interna. O estardalhaço dos
pássaros ao entardecer soa como um mau agouro. Tento decidir se é algo
realmente indesejado.
O
aroma azedo da inalterabilidade impregna e nauseia. A escuridão desce em
incerta calmaria. O dia levanta outra vez em escuridão.
- 20:35
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